sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Ei...

Ei, ei, você! Você mesmo que virou as costas e caminhou sem olhar pra trás. Para um pouquinho, só dois minutos, por favor. Pensa e me fala, realmente não valeu a pena? Me conta, ficou tudo pra trás mesmo? Fala pra mim que pra você já é mesmo passado. Jura pra mim, que você não sente nem um pouquinho de falta, Qua a noite, quando o sono demora a chegar você não se pega pensando na gente, que você não solta um sorriso no canto da boca ao lembrar de tantos, tantos momentos. Olha, desculpa falar assim, mas machucou, sabe? De verdade, ainda tô aqui no canto, lambendo as feridas sem coragem de encarar a estrada. Eu sei que quem foi pra longe fui eu, mas eu precisei, quem virou as costas primeiro foi você. Vai me fala, o que mais eu poderia fazer? Eu ainda tenho medo de voltar, eu sei que sou uma covarde, mas a verdade é que tenho medo de voltar e te procurar e descobri que no final de tudo quem caminhou pra bem longe foi você e não eu. Vai me fala, me chama de estúpida por acreditar demais em algo que não existe mais, aliás, que não exista já a algum tempo. Eu não me importo, já me acostumei com essa dor implicante, que sempre me lembra que eu tenho um coração e que eu não sei usá-lo. Não sei que parte eu fiz na sua vida, mas ainda espero ter feito alguma coisa,  qualquer coisa que valha uma memória boa ao menos. Que tolice a minha, risível da minha parte querer viver das migalhas de memórias suas. Bobagem. Quer saber? Deixa, me deixa lambendo minhas feridas. Vai ver que é só isso que eu preciso mesmo...

Até a próxima páginha...

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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Susto...

Outro dia eu parei pra pensar no que houve com a gente. O que aconteceu conosco e porque. Nesse dia eu entendi e me compreendi. Entendi que te conhecia melhor do que ninguém, que conseguia te absorver e sentir suas necessidades com um olhar. Entendi que eu te amava tanto que era capaz de qualquer coisa pra que você fosse feliz. Mas dentro de todo esse meu entendimento eu não vi que você não me via da mesma forma. Você não conseguia me enxergar tão bem, que mesmo com a minha miopia eu te via melhor do que você me via e foi aí que tudo desandou. Por que um dia eu me revelei demais. Fui muito mais humana (e fraca) diante dos seus olhos e nesse dia eu te assustei. E nesse susto você percebeu que não me conhecia tão bem, que você não sabia do que eu era capaz e do qunato eu poderia ser fraca, mesmo te amando tanto. Nesse dia você virou as costas pra mim, você fugiu. Você não foi capaz de ver além das minhas fraquezas e mesmo que eu tenha lutado com todas as minhas forças pra que você me visse melhor eu morri na praia. Naquele dia, quando você me contou um motivo qualquer pra me deixar e eu o aceitei, aceitei porque ainda assim te conhecia bem, sabia que você não conseguiria reconhecer a verdade ou admití-la. Enquanto você se fechava no seu mundo concreto eu corri, me movimentei por que essa dor é como aquelas, bem chatas, que não te deixam achar um posição pra ficar e que te faz rolar de um lado para o outro até você dormir cansada de tanto sentir dor. Movi, admito que fugi, não podia continuar na mesma posição em que eu me encontrava, doía demais, e não havia remédio ou bebida que afastasse essa maldita dor. Corri pro outro lado do oceano, senti a dor ficar mais forte e enfraquecer várias vezes, como aquelas pulsantes que uma hora dói mais, hora dói menos. E como diria minha avó, 'dê tempo ao tempo', e eu dei. Dei tempo pro meu coração começar a fechar as feridas e a cicatrizar um pouquinho. Não vou mentir, cansei disso, não vou dizer que estou curada, que você faça o que quiser da sua vida, que arranje outra que eu não vou me importar, men-ti-ra, vou me importar sim e eu sei que vai doer muito ver uma foto sua no Facebook com outra garota, Sei que vou querer me enfiar debaixo do cobertor com uma garrafa de vinho e um pote de sorvete tentando tapar as feridas com açúcar e álcool. Eu ainda te amo, muito, de verdade. Mas deixa eu te falar uma coisa, é diferente. Dói só um pouquinho agora. Essa nova forma de te amar me preenche de outra forma. Me faz querer dividir esse sentimento com o mundo, me faz querer buscar alguém que me veja como eu te via. Mais uma vez admito, eu queria que fosse você, mas cansei de me iludir, sonhando acordada com o dia em que você vai ter um estalo e resolver que me ama também, cansei de chorar pelos cantos pelo amor que não recebi. E mesmo diante desse discurso todo ainda não posso voltar. Como eu disse, não tô curada e meu maior medo é voltar a sangrar, a voltar a sentir aquela dor insuportável. Desculpa se te assustei, se fui humana demais, desculpa se errei, eu sei que errei, mas não posso voltar atrás, não posso voltar.

Até a próxima página...

=* 

sábado, 7 de novembro de 2015

Garrafa...

Desce, por favor, mais duas garrafas de vinho. Nesse exato momento eu preciso esquecer que eu já amei loucamente e me dei de corpo e alma pra alguém, Me dá de beber por que eu preciso esquecer que o amor existe e que amar machuca, Enche minha taça, por que a noite é uma criança e eu quero dormir ninada por Baco. Me abraça devagar, quero sentir seu calor aos pouco ao redor do meu corpo. Quero sentir você entrar nos meus sonhos, envolver minhas pernas, virar minha cabeça, fazer arfar meu peito, prender minha voz na garganta. Me revira a alma, me faz gemer sem sentir, me faz chorar de prazer, Me abre um riso na cara como quem acabou de gozar, Ai que saudade de te ter entre os meus braços, De fazer meus peitos de teu travesseiro, de sentir teu corpo contra o meu, enrosca tuas pernas na minha. Esquece que tens hora, esquece quando eu começo e quando tu terminas, Vai, me abraça, me beija, morde minha orelha. Me faz derreter. Vem me vira do avesso, vai, me vira!

Bjs,,,

Até a próxima página...

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Roda...

Roda mundo, gira, renova, inova. Roda mundo, roda que eu tenho algum coisa aqui presa no peito querendo sair. Anda que esse negócio me sufoca e eu preciso respirar, ele pesa e eu preciso de um alívio. Renova que me disseram que dele eu tenho muito e que não tenho pra quem dar. Inova, me deixa fazer e acontecer, por que eu sou, eu não acho, eu sinto, eu não penso. E esse negócio me transborda e se acumula pelos passos que dou, escorre pelos meus cantos, percorre meu corpo e desce pelas minhas pernas. E sobre o meu coração já inchado desse troço não quero nem contar, por que se eu começar ele crescerá mais ainda! Roda mundo, roda pra eu encontrar esse alguém pra beber de mim, pra consumir isso que me encobre e me enobrece. Roda mundo, roda..

Até a próxima página...
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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Mundo...

Me deixa ganhar o mundo, deixa o vento me guiar, deixa o destino vir, deixa o tempo passar. Me deixa sonhar, me deixa voar, me dá linha pra eu seguir, mas não perde a guia pra eu saber voltar. Confia que você me criou bem, porque eu tô com a cabeça no lugar e depois de tanto tempo nada me encanta tão fácil assim. O mundo me cabe e nele eu me acho, não vai ser hoje, nem amanhã, mas perdida eu não estou, só preciso da vida pra me guiar. Sei que não vai ser fácil e nem to esperando que seja. Vou desviar das pedras, saltar umas e tropeçar em outras, mas nada vai me abalar, confia e reza por mim que eu vou conseguir. E se em algum momento eu sentir que não dá mais eu vou embora. Me dá sua bênção que isso é tudo o que eu preciso agora pra ganhar o mundo.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Reboliço...

E como um furacão, que passa e vai embora, você veio. Causando um reboliço, me tirando do chão, bagunçando tudo. E depois que você foi tava tudo espalhado, coração, boca, mão, o céu tava pra baixo e eu já não sabia qual era o meu caminho. A tragédia tava feita e do meu muro de contenção só sobravam as ruínas. E agora o que me restou foi um terreno vazio pra recomeçar, céu aberto e um dia claro. O vento que você deixou pra trás é morno e me aquece o peito. A calma que ficou comigo me abraça e me conforta. A confusão e a dor você levou consigo. E esse acalento me aqueceu o coração num momento em que eu já havia me acostumado com o frio. E como num lago calmo que engana você me engoliu e lavou minha alma. E nesse susto eu senti mais do que eu esperava, senti você me tomando meu corpo por inteiro, preenchendo os espaços vazios, me revolvendo no fundo e meus planos de só molhar os pés foram esquecidos em meio a esse mergulho desenganado. De alma lavada e coração leve eu me deito ao sol sentindo-o me aquecer o rosto e fazer florescer o sorriso, que havia a muito desaparecido.
E agora, vendaval, que você passou e só deixou as ruínas pra eu reconstrui? - "Agora, meu bichinho, começa de novo."

Até a próxima página...

=*

terça-feira, 5 de maio de 2015

Junta...

Junta teu olhar no meu,
junta tua boca na minha,
junta teus dedos nos meus,
junta tuas coxas nas minhas,
junta teus lábios nos meus.

Junta teus braços nos meus,
junta tua escova na minha,
junta teu caminho no meu,
junta tua vida na minha.

Junta teu calor no meu,
junta tuas promessas nas minhas,
junta teu problemas nos meus,
junta teu coração ao meu.

Até a próxima página...
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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Chamar...

E eu ainda tento de tudo pra chamar sua atenção. Olho nos seus olhos, mexo no meu cabelo, pinto a minha boca. Olha pra mim! Eu quero que você me note, quero que você repare, quero que você me chame. Me chama pra falar bobagem, daquela série de tv, me chama pra tomar um chopp, uma cerveja sem hora. Encosta em mim. Me toca como que por acaso, como quem não quer nada, sem querer. Roça os seus dedos no meu braço, me deixa arrepiada com o calor da ponta dos seus dedos. Me chama baixinho, assim no cantinho e me pede um presente. Me fala mansinho, assim devagarinho, que não vai me deixar.
Me deixa, deixa eu me jogar contra o seu corpo, deixa eu te abraçar um pouco, só pra dizer "até mais".

Até a próxima página...

=*

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Abraça...

Me abraça e me beija como se eu fosse a única mulher da sua vida.
Me aperta como se nunca mais fosse me soltar, me olha como quem tenta decifrar minha alma.
Suspira.
Busca palavras, encontra, as perde.
Me olha, me busca, me pede ajuda.
Sorria sem jeito, me encanta.
Respira, começa de novo.
Me aquece o peito, clareia minha mente, me acalma a alma.
Doce, desesperado, como quem busca a tábua da salvação, num mar que te puxa e te afoga.
Me dá a mão.
Me deixa ser parte de você, seja parte de mim.
Me completa, preencha meus espaços, minhas lacunas.
Escreva seu nome em minh' alma, permita-me sentir tua voz reverberar meu ser.
Deixe-me viver esse sentimento sem represálias, me abandone ao acaso, quebre-me em pedaços.
Ajude-me a recolhê-los cole-os aos pouquinhos, faça-me sorrir, me abraça, me aperta, me sufoca.
Me deixe...

Até a próxima página...

=*

terça-feira, 7 de abril de 2015

Queimar...

Ele desce quente
me queimando por dentro
preenchendo meu vazio
alimentando a minha fome

Ele me invade quente
reconfortante
como quem chega em casa
e me abraça
e me beija.

Ele me envolve,
me encobre,
me inebria,
me sufoca.

Ele queima,
sobe à minha mente
toma meus pensamentos
aquece meu peito,
seca minhas lágrimas.

Destila minha dor,
suaviza minhas feridas,
encaixa os meus cacos.

Até a próxima página...

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Limtes...

Os seus limites você descobre depois que se joga do penhasco. Depois que você se deixa apaixonar e permite que essa pessoa invada e complete a sua vida. Esses limites [de amar] nunca são impostos, são apenas descobertos e com o tempo você percebe que é capaz de muito mais coisa por alguém que ama do que pensou em sua vã adolescência. O amor te exige muito mais do que acordar de madrugada pra ouvir seu amor dizer que chegou agora em casa, completamente bêbado, mesmo que você precise madrugar no dia seguinte. E você ouve, preocupada, querendo saber se tá tudo bem e se o pileque não virou um porre e ele estará colocando pra fora a alma pela privada. Exige muito mais paciência, muito menos orgulho, muito mais convivência e prioridade. Você aprende a se deixar ser a última prioridade, porque todo o mundo é mais importante do que a sua vontade egoísta de estar ao lado, de compartilhar um momento, de amar com o toque. Quando você descobre que o seu limite é muito maior do que você pensava. E que apesar de não te procurar nunca, você corre atrás e se não corre, sabe que vai correr no primeiro "oi" que ele te der.
Amar desenganada, quando você sabe que não há cura, mas você ama mesmo assim, contra todas as suas expectativas. Amar é se jogar de um penhasco, sem olhar pra trás, se importar com o quão difícil será quando o solo chegar e não houver ninguém pra te amparar. Vai machucar, muito, haverão cacos espalhados por todos os lados e muitos você não vai querer recolher, mas recolha, todos os pedaços de você são importantes. Ponha tudo numa sacola e leve pra onde você for. Um passo após o outro, caminhe, independente da sua vontade de caminhar. Um dia, eu prometo, haverá alguém pra ajudar a montar o quebra-cabeças que você se tornou. Alguém disposto a te fazer prioridade, alguém disposto a ser parte de você. Paciência, esse alguém vai chegar.

Até a próxima página...

=*

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Despertar...

Hoje eu tive um sonho, do qual eu queria muito despertar. Ele me mostrava uma realidade que doía muito e que eu não queria ver. Acordei com aquele peso no peito que tenho quando sinto sua falta. E por um momento eu desejei que esse sonho não fosse realidade, que eu iria poder te ligar e te contar sobre esse sonho ruim e que você me confortaria dizendo que seria impossível isso acontecer...
Mas não é.
Eu acordei sozinha, sem você pra me confortar, mesmo de longe. Acordei com a dúvida de que  se vai ser assim mesmo por mais um ano. Se eu vou continuar te amando desse jeito, desprotegida, e você vai continuar se distanciando como quem foge com medo de se envolver.
Eu acordei sozinha, sabendo que hoje eu ia precisar falar com você e que mesmo querendo eu não poderia, ou não deveria, ser como eu gosto de ser, aquela tagarela que escreve textos e mais textos pra no fim receber um "blz". Acho que uma parede consegue ser mais eloquente e simpática do que você. Mas mesmo assim obrigada pela educação em responder e tentar começar uma conversa, mas, sinceramente, eu não quero continuar nessa conversa em que você começa e no fim acabo eu falando sozinha.

Até a próxima página...

=*

quarta-feira, 18 de março de 2015

Estranhos...

"Olá!"
"Olá"
"Como o senhor está?"
"Tranquilo"
 ...
...
"E como vão as coisas aí?"
...
...
"Mesma coisa"
...
...
"Como tá td aí?"
"Ah, tá td bem, ainda passando um pouco de frio..."
...
...
"Acontece rs"
"É..."
"E a faculdade como tá?
"indo"
...
...
E sem saber como falar tudo o que preciso continuo no silêncio, esperando que por algum milagre nós não nos tornemos estranhos, do tipo que quando se cruzam na rua no máximo acenam com a cabeça com um sorriso amarelo de quem não sabe o que dizer ou como agir.
Estranho é falar com você como quem fala com uma pessoa qualquer na lista do chat, como se não houvesse todo o assunto do mundo pra falar, como se não soubéssemos exatamente o que comentar um com o outro sobre um acontecimento qualquer, como se por acaso, navegando na internet, não nos deparássemos com algo que sabemos que o outro vai gostar. E tudo o que fazemos é olhar aquele assunto e fechar a aba olhando pra ela como quem deixa algo pra trás sem querer deixar.
Estranho é passar por algum lugar, encontrar algo tirar aquela foto pensando em você, mas sabendo que nunca vou poder compartilhar. Por que não faz sentido compartilhar algo com um estranho, mesmo que você tenha dividido tanto da sua vida com ele, um dia...
Um dia quem sabe não sejamos mais tão estranhos e possamos rir com vontade de algo que gostamos em comum ou que vimos e achamos engraçado por uma razão qualquer e sem sentido, um dia...

Até a próxima página...

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terça-feira, 10 de março de 2015

Conta...

Vai, me conta... Como você fez pra esquecer tão fácil? Como você conseguiu seguir em frente tão rápido? Como você consegue ignorar todos esses anos passados? Por favor me fala! Me ajuda a seguir também! Me ajuda a esquecer, a seguir em frente! Me ensina como ser assim tão prática. Acho que não aprendi o suficiente. Acho que tenho cacos demais pra juntar e um ano não foi o suficiente pra isso. Desculpa, mas eu não sei a quem mais recorrer! E parece que foi tudo tão simples pra você que eu quero que seja pra mim também. O simples "tem que ser feito" não tem mais tanta força. Eu já fiz tudo o que eu precisava fazer, coloquei um pé na frente do outro e mesmo assim ainda piso e me corto com um caco ou outro ainda espalhado pelo chão. Vai, não seja egoísta, me fala como você fez! As vezes penso que você não sentia nada e que de fato eu era só o seu escape do mundo. Era isso então? Por isso foi mais fácil? Quando sua fuga exigiu mais do seu mundo do que você queria dar a solução seria esquecer esse canto e procurar outro? Foi isso? Droga, então acho que não vou conseguir mesmo. Até porque eu nunca pensei em você como uma fuga. Na verdade você era o meu lar, onde eu me sentia bem e completa. Talvez se eu me acostumar com esses caquinhos que me cortam, quem sabe eles param de doer. Uma hora deve parar, né?

Até a próxima página...

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sexta-feira, 6 de março de 2015

Dividir...

Desculpa ligar a essa hora, na verdade, nem sei que hora são por aí. Se é muito tarde ou muito cedo, talvez seja melhor eu pedir desculpas por ligar. O fuso horário anda me deixando meio confusa, mas pelo menos o jetlag já passou. Tem um tempinho na verdade que eu queria ouvir sua voz... Desculpa de novo, não era bem isso que eu queria falar... Mas já tem um tempinho que eu tô aqui e tem tanta coisa que eu queria te contar! Tô com saudade... não, desculpa de novo... É tanta coisa nova, tanta coisa que eu sei que você ia gostar, ruas esquecidas, lugares diferentes, um rio imenso pra atravessar, parques lindos, bares divertidos... Seria bom ter você aqui pra dividir isso comigo... Nossa, desculpa mais uma vez, isso tá ficando chato, foi mal... Mas a verdade mesmo é que eu precisava mesmo era ouvir a sua voz e olhar nos seus olhos... Acho que o que eu preciso mesmo é te ouvir falar como foi o seu dia e sentir sua voz passando por mim me acalmando me fazendo me sentir em casa de novo. Sinto falta dessa sensação de estar em casa quando você estava por perto... Olha, eu sei que você não quer ouvir essas coisas, a ideia inicial era só pra comentar das coisas que eu gostei aqui e achava que você iria gostar... Enfim... Eu só queria dividir esse momento com você...É, acho que é isso...Até"

Até a próxima página...

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quinta-feira, 5 de março de 2015

Músicas...

Sabe aquele momento em que uma música fica grudada na sua cabeça e não há nada que se possa fazer pra tirá-la de lá? Irritante quando a música é ruim, mas doloroso quando ela te faz lembrar cosias demais. Entre "Love me like you do", "The heart wants what it wants" e "Blank space" é complicado respirar, é complicado não pensar e aquele maldito aperto no peito que não te larga. Por que uma música consegue mexer tanto assim com alguém. Se infiltrar nos pensamentos, remexer aquele passado e trazer a tona aquela dor que você se esforça tanto pra manter escondida e bem enfeitada por um sorriso bem colocado. Sorria e acene, vai ficar tudo bem enquanto ninguém perceber o que está acontecendo. Sorria e seja gentil ninguém quer saber e nem precisa saber dos seus sentimentos. Mantenha a maquiagem impecável que ninguém vai reparar q debaixo dessas camadas de rímel existe um olhar levemente vazio. No final da noite, de cara lavada, chore. O silêncio e o escuro da noite são feitos pra esconder tudo isso contido no seu peito. E não seja idiota. Ele não vai desviar do caminho que ele traçou só por que você o ama numa proporção que não conhecia. Pelo amor de Deus, deixe de ser estúpida e siga em frente. Conforme-se que ele não vai estar te esperando na curva e não importa o que as músicas dizem, force seu coração a querer o que sua mente quer, você ganha mais assim.

Até a próxima página.

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segunda-feira, 2 de março de 2015

Medo...

E depois de um ano remoendo, sofrendo, lutando, brigando tudo que resta é o medo de amar de novo. Quando você para e percebe que pela primeira vez amou de verdade, se desprender desse sentimento é muito mais difícil do que parecia naquela adolescência cheia de amores platônicos. Tempos mais fáceis aqueles em que se apaixonar era simples e a cada dia era um amor diferente. Um ano se passou e um oceano não conseguiu lavar isso que eu tenho dentro de mim. E tudo o que me preenche é esse medo estranho de me desprender de você e tentar começar de novo, esse medo de me permitir sentir e ser machucada de novo. E não adianta brigar comigo, juro que não é por falta de vontade. Mas não consigo obrigar meu coração a te deixar ir e, pra falar a verdade, nem sei se eu quero isso de verdade. Mesmo assim, luto com todas a forças contra você. Luto a cada dia pra não te procurar, pra não pensar, pra não sentir e as garrafas de vinho sabem bem como eu tento.
E no escuro do meu quarto eu deito a cabeça no travesseiro e enganando todas as minhas defesas eu penso em você aqui comigo, deitado ao meu lado me abraçando exatamente do jeito como você sabe que eu gosto. E é assim me enganando que eu tento desesperadamente de arrancar de dentro de mim, aos gritos e solavancos. Mas você não sai!! Sempre que eu tento, sinto no peito aquele vazio frio, aquele buraco e aquele medo de não te ter mais por perto, mesmo assim, esse fantasma distante que habita apenas a minha imaginação e os meus sonhos. E naqueles "5 minutos" você me ganhou muito mais do que eu pensei ser possível.

Até a próxima página...

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Olha...

Olha, me escuta por um minuto, por favor. Tem tanta coisa que eu quero te falar, tanta coisa... Mas tudo o que eu consigo fazer é te olhar e pensar o quanto é possível alguém ser apaixonada por outra pessoa. Para, por favor, me ouve. Eu preciso muito falar. Senta, me põe no seu colo, me abraça e tudo o que eu vou conseguir pensar é em como eu gosto do seu calor e do seu cheiro. Espera, fica mais um pouco, deixa eu te falar. Me olha nos olhos, daquele jeito que só você consegue, daquele jeito que eu sei que você consegue ver mais de mim do que qualquer outra pessoa. Encaixa sua mão no meu rosto, me encaixa no seu peito, naquele lugar que é só meu e você sabe disso. Não, não vai. Fica. Fica aqui comigo me deixa te abraçar por trás e recostar a cabeça nas suas costas, me deixa ouvir seu coração batendo, me deixa adormecer com o som da sua respiração. Calma, não vai ainda, eu preciso muito te dizer. Deita aqui comigo, enrosca tuas pernas nas minhas, até a gente não saber mais quando você começa e eu termino. Por favor, fica, não vai, eu preciso mesmo falar, mas não consigo, as palavras não saem tão fáceis assim. Tenho medo, tenho medo de você se assustar ou ficar com pena de mim. Tenho medo de falar tudo errado e você não entender. Eu não sou boa em falar. Mas eu preciso muito, mesmo.

Até a próxima página...

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Desce...

Desce, desce mais uma! Já que eu não posso estragar meu coração, estragarei o fígado, então. Desce, desce mais uma que ainda não me esqueci o suficiente, que eu preciso sentir alguma coisa, qualquer coisa.
Preciso preencher de alguma forma esse vazio estranho que não me permite sentir mais, que não me permite me importar mais. E assim, no abandono de mim, sigo pé ante pé, passo após passo o caminho que se desenrola a minha frente. Busco apenas a cura desse buraco que me toma e quanto mais busco, mais me vejo dando voltas e voltando a você.
As vezes penso só no que foi ruim, só no que me fez mal e ainda assim esse vínculo, talvez doentio, me mantém atada a você, porque não importa eu não consigo manter essa raiva e com raiva eu fico de mim, por continuar nesse vício que é te amar e querer e desejar.

Até a próxima página...
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Sinto...

Desculpa, mas ainda sinto... Sinto sua mão no meu cabelo, sua boca na minha orelha, seus olhos nos meus, suas mãos na minha cintura, seu calor no meu corpo, sua boca na minha. Eu sinto saudades, a falta da tua voz, o teu cheiro, borboletas no estomago sempre que penso em você. 
Sinto muito por não te esquecer, por não mandar no coração por ainda me permitir chorar e sentir. Sinto muito por ter te deixado escapar, por não ter estado lá ou por ter deixado passar. 
Eu sinto demais e por inteiro, simples e verdadeiro, inesquecível. Sinto vontade de falar, de gritar, de te olhar e perseguir. Sinto medo de você se afastar, de me esquecer, de me trocar...

Até a próxima...
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Drink...

Beba uma por você, uma por quem te deixou e uma pelo caminho que você tem a seguir sozinha. Razões não faltam. Poderia listar mais dezenas delas. Apenas beba. Beba pra se matar um pouco a cada dia, pra se sentir corajosa pra dar um passo de cada vez, pra por a tristeza pra fora, pra dormir. E quando você acha q fica mais fácil, não pense, pois tudo volta. Apenas continue, pensar faz mal, beba mais uma pra não pensar.

Respire, tome uma aspirina, a dor de cabeça também vai te ajudar a não pensar. Respire, coma qualquer coisa que o enjoo passa. A ressaca não é legal, mas toda ação tem uma consequência. Nada fica impune e não pense que pegar um atalho vai ser bom pra você. Na verdade, pensando de fato, nem beber eu posso mais. Deve haver algo mais que vá ajudar. Respire. Beber já não me faz esquecer, as vezes você se acostuma tanto a tomar um remédio que ele para de fazer efeito e nem aumentar a dose pode ajudar, aliás, é melhor não aumentar a dose. Principalmente se houver um celular com internet por perto. Não corra riscos.

Acho que estou com defeito. Só pode. Dá pra devolver tudo isso? Amar com essa intensidade não me fez bem, analisando bem, as vezes tenho medo de não conseguir fazê-lo novamente. Quebrada? Não sei se consigo usar esse termo também. Íntimo demais, me faz lembrar demais. Acho que fugir também não adiantou. Só aumentou a saudade e o medo. E quando eu voltar? Como vai ser?

Até a próxima página...

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