quarta-feira, 18 de julho de 2012

Escorrer..

E o tempo que insiste a escorrer por nossos dedos? Quando o rosto já está vincado pelas lágrimas que ainda insistem em escorrer. Os lábios marcados de ficarem cerrados, a garganta dura de querer gritar. E o coração inchado, dolorido, que em cada suspiro da memória dói mais e mais? E cura? Não, não cura! Quem sabe o tempo que passa as vezes devagar demais traga minha cura de volta. O que resta é respirar fundo e pôr um pé na frente do outro, um passo de cada vez. Resta reconstruir a casa tombada, tijolo por tijolo, apenas esperando que um dia ela irá ficar melhor do já foi, por que quando você sabe o que deve melhorar, quando o erro é tão evidente fica tudo mais fácil, sem deixar que a areia escorra por entre as fendas e tudo volte a desmoronar.

Até a próxima página...

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