terça-feira, 29 de julho de 2014

Diminuto...

E pequeno assim fica o coração angustiado, encolhido, encurralado. Fica assim quando a saída parece distante e a vontade de sair caminha porta afora sem que te leve junto. Quando as lembranças e a presença te preenchem sem dar lugar a um pensamento direito e você se vê tomada de vontades e desejos e não mais deveriam ser. E preenchida de tanto o coração se diminui e diminuto espera que aquele alguém o ajude a se erguer, te olhando nos olhos, daquele jeito de quem te conhece a alma.
E desnuda assim, de peito aberto, de cara lavada, espera. Espera que nada foi em vão, vai passar, vai melhorar. Uma hora vai...

Até a próxima página...
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segunda-feira, 7 de julho de 2014

Ressaca...

E quem nunca teve uma ressaca moral que atire a primeira pedra... Pois em meio a taças de vinho você se depara com questões, as quais você havia enterrado, ou tentado enterrar, bem fundo na memória. Mas que depois de alguns goles ressurge no peito te trazendo, mais uma vez, aquele calor úmido que rola pelo rosto e deságua no peito fazendo brotar, pela milionésima vez, aquela dor. Aquela, que você não queria mais saber, que não queria mais olhar na cara e tudo o que você precisa no momento é que ela te abrace e te aqueça pela noite. E quando nem o vinho entorpece mais essa dor e quando não há mais garganta que grite para ela ir embora, você deita a cabeça no travesseiro e sussurra para que ela se vá, implorando que lhe permita dormir e não ter sonhos.

Até a próxima página...
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