sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Olha...

Olha, me escuta por um minuto, por favor. Tem tanta coisa que eu quero te falar, tanta coisa... Mas tudo o que eu consigo fazer é te olhar e pensar o quanto é possível alguém ser apaixonada por outra pessoa. Para, por favor, me ouve. Eu preciso muito falar. Senta, me põe no seu colo, me abraça e tudo o que eu vou conseguir pensar é em como eu gosto do seu calor e do seu cheiro. Espera, fica mais um pouco, deixa eu te falar. Me olha nos olhos, daquele jeito que só você consegue, daquele jeito que eu sei que você consegue ver mais de mim do que qualquer outra pessoa. Encaixa sua mão no meu rosto, me encaixa no seu peito, naquele lugar que é só meu e você sabe disso. Não, não vai. Fica. Fica aqui comigo me deixa te abraçar por trás e recostar a cabeça nas suas costas, me deixa ouvir seu coração batendo, me deixa adormecer com o som da sua respiração. Calma, não vai ainda, eu preciso muito te dizer. Deita aqui comigo, enrosca tuas pernas nas minhas, até a gente não saber mais quando você começa e eu termino. Por favor, fica, não vai, eu preciso mesmo falar, mas não consigo, as palavras não saem tão fáceis assim. Tenho medo, tenho medo de você se assustar ou ficar com pena de mim. Tenho medo de falar tudo errado e você não entender. Eu não sou boa em falar. Mas eu preciso muito, mesmo.

Até a próxima página...

=*

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Desce...

Desce, desce mais uma! Já que eu não posso estragar meu coração, estragarei o fígado, então. Desce, desce mais uma que ainda não me esqueci o suficiente, que eu preciso sentir alguma coisa, qualquer coisa.
Preciso preencher de alguma forma esse vazio estranho que não me permite sentir mais, que não me permite me importar mais. E assim, no abandono de mim, sigo pé ante pé, passo após passo o caminho que se desenrola a minha frente. Busco apenas a cura desse buraco que me toma e quanto mais busco, mais me vejo dando voltas e voltando a você.
As vezes penso só no que foi ruim, só no que me fez mal e ainda assim esse vínculo, talvez doentio, me mantém atada a você, porque não importa eu não consigo manter essa raiva e com raiva eu fico de mim, por continuar nesse vício que é te amar e querer e desejar.

Até a próxima página...
=*

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Sinto...

Desculpa, mas ainda sinto... Sinto sua mão no meu cabelo, sua boca na minha orelha, seus olhos nos meus, suas mãos na minha cintura, seu calor no meu corpo, sua boca na minha. Eu sinto saudades, a falta da tua voz, o teu cheiro, borboletas no estomago sempre que penso em você. 
Sinto muito por não te esquecer, por não mandar no coração por ainda me permitir chorar e sentir. Sinto muito por ter te deixado escapar, por não ter estado lá ou por ter deixado passar. 
Eu sinto demais e por inteiro, simples e verdadeiro, inesquecível. Sinto vontade de falar, de gritar, de te olhar e perseguir. Sinto medo de você se afastar, de me esquecer, de me trocar...

Até a próxima...
=*