sábado, 28 de junho de 2014

Moço...

Acorda, acorda moço... Tive um sonho ruim e não quero dormir sozinha com eles! Senta aqui, vigia meu sono, meus sonhos. Não deixa que eles voltem e me assombrem! Eu sonhei que você tinha ido, virado as costas e caminhado sem olhar pra trás. Sonhei que meu coração tinha se despedaçado e que juntando os cacos eu esqueci meus sonhos. Sonhei que uma mulher diferente se refazia, fria e dura, com sonhos partidos e fantasias desfeitas. Vem moço, me abraça e me fala que já vai passar, que foi só um sonho ruim e que eu posso voltar a sonhar! Que eu nunca me tornarei essa mulher, pois eu tenho mais sonhos lindos do que despedaçados e que a esperança ainda me alimenta sem me intoxicar! Fala pra mim, moço, fala que ainda tenho um pouco daquela menina faceira que caçava sonhos como quem caça vaga-lumes. Brilhantes e encantadores. Diz pra mim que eu não serei cruel comigo mesma, vivendo de amores quebrados e sonhos mal acabados, inventando promessas de sonhos e endurecendo ainda mais meu coração com as lágrimas que não permito cair. Vem, moço! Deita aqui, sussurra que já passou e que foi tudo um sonho...

Até a próxima página...
=*

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Fio…

Aquele momento em que você sente tudo por um fio, por um triz. Fácil demais, simples demais, nesse instante você acredita em todas as possibilidades e no segundo seguinte você não sabe como dar o próximo passo. Uma insegurança quase juvenil que havia anos que não sentia. Como agir, como falar, como...? 
A vontade mesmo é de dar um sacode e dizer "foda-se, eu não preciso de você", então, seu coração travesso como é te fala "não seja tolinha, moça. Você não quer, mas eu quero, se vira!" Todas a suas convicções, as muralhas e proteções viram pó, você se vê despida, conpletamente nua e totalmente entregue. Nesse momento você se olha no espelho e fala de volta ao coração "idiota, é isso mesmo o que você quer?" Pois bem, e mais uma vez você sente que sabe o que vai acontecer. E eu fecho os olhos respiro fundo e mergulho de cabeça na porcaria do poço que o meu, bendito, coração quer se jogar. Simplesmente por que eu não sei dizer não a ele. E mais um vez eu volto a caminhar na corda bamba da incerteza, esperando que me deêm a mão caso eu perca o equilibrio.

Até a próxima página...

=*