sexta-feira, 3 de abril de 2015

Limtes...

Os seus limites você descobre depois que se joga do penhasco. Depois que você se deixa apaixonar e permite que essa pessoa invada e complete a sua vida. Esses limites [de amar] nunca são impostos, são apenas descobertos e com o tempo você percebe que é capaz de muito mais coisa por alguém que ama do que pensou em sua vã adolescência. O amor te exige muito mais do que acordar de madrugada pra ouvir seu amor dizer que chegou agora em casa, completamente bêbado, mesmo que você precise madrugar no dia seguinte. E você ouve, preocupada, querendo saber se tá tudo bem e se o pileque não virou um porre e ele estará colocando pra fora a alma pela privada. Exige muito mais paciência, muito menos orgulho, muito mais convivência e prioridade. Você aprende a se deixar ser a última prioridade, porque todo o mundo é mais importante do que a sua vontade egoísta de estar ao lado, de compartilhar um momento, de amar com o toque. Quando você descobre que o seu limite é muito maior do que você pensava. E que apesar de não te procurar nunca, você corre atrás e se não corre, sabe que vai correr no primeiro "oi" que ele te der.
Amar desenganada, quando você sabe que não há cura, mas você ama mesmo assim, contra todas as suas expectativas. Amar é se jogar de um penhasco, sem olhar pra trás, se importar com o quão difícil será quando o solo chegar e não houver ninguém pra te amparar. Vai machucar, muito, haverão cacos espalhados por todos os lados e muitos você não vai querer recolher, mas recolha, todos os pedaços de você são importantes. Ponha tudo numa sacola e leve pra onde você for. Um passo após o outro, caminhe, independente da sua vontade de caminhar. Um dia, eu prometo, haverá alguém pra ajudar a montar o quebra-cabeças que você se tornou. Alguém disposto a te fazer prioridade, alguém disposto a ser parte de você. Paciência, esse alguém vai chegar.

Até a próxima página...

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