sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Ei...

Ei, ei, você! Você mesmo que virou as costas e caminhou sem olhar pra trás. Para um pouquinho, só dois minutos, por favor. Pensa e me fala, realmente não valeu a pena? Me conta, ficou tudo pra trás mesmo? Fala pra mim que pra você já é mesmo passado. Jura pra mim, que você não sente nem um pouquinho de falta, Qua a noite, quando o sono demora a chegar você não se pega pensando na gente, que você não solta um sorriso no canto da boca ao lembrar de tantos, tantos momentos. Olha, desculpa falar assim, mas machucou, sabe? De verdade, ainda tô aqui no canto, lambendo as feridas sem coragem de encarar a estrada. Eu sei que quem foi pra longe fui eu, mas eu precisei, quem virou as costas primeiro foi você. Vai me fala, o que mais eu poderia fazer? Eu ainda tenho medo de voltar, eu sei que sou uma covarde, mas a verdade é que tenho medo de voltar e te procurar e descobri que no final de tudo quem caminhou pra bem longe foi você e não eu. Vai me fala, me chama de estúpida por acreditar demais em algo que não existe mais, aliás, que não exista já a algum tempo. Eu não me importo, já me acostumei com essa dor implicante, que sempre me lembra que eu tenho um coração e que eu não sei usá-lo. Não sei que parte eu fiz na sua vida, mas ainda espero ter feito alguma coisa,  qualquer coisa que valha uma memória boa ao menos. Que tolice a minha, risível da minha parte querer viver das migalhas de memórias suas. Bobagem. Quer saber? Deixa, me deixa lambendo minhas feridas. Vai ver que é só isso que eu preciso mesmo...

Até a próxima páginha...

=*

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